quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Licença, dixit?
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Cinderelas
Arrecadei alguns coelhos!
Temos o feriado à porta e eu vou aproveitar para fazer algumas compras em Paris...
sábado, 13 de outubro de 2007
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Peda-gô-gô
Em matéria de Educação a direita não pensa e a Esquerda diz disparates."
O cenário é desolador. Rodeado de pedagogos, os sucessivos ministros, quase todos engenheiros, planearam a educação dos nossos filhos como se de betão armado se tratasse. Governos de sinal oposto limitaram-se a aplicar a receita cozinhada nas escolas de Ciências da Educação.
(...)
Disfunção=Anarquia
(...)
Os funcionários do Estado, efectivamente, são poucos: os disfuncionários é que são muitos. Este detalhe é sistematicamente escamoteado. E não devia. Pelo contrário, devia constituir ponto de partida para toda e qualquer diagnóstico sério da epidemia. Como é bom de ver, existe a Função Pública e existe a Disfunção Pública. O país está todo ele disfuncional porque o peso da Disfunção Pública é esmagador em relação à sua congénere. Querem exemplos?
Dragoscópio
via Grande Loja do Queijo Limiano
sábado, 22 de setembro de 2007
ou o dinheiro ou a vida
Componente lectiva - 18 horas (4 de redução, art.º79)
Componente não lectiva - 8 horas
Total 26 horas na escola, o que nunca acontecerá porque todas as semanas há reuniões.
Se não houver reuniões restam-me 9 horas para trabalho individual:
. fazer planificações
. preparar as aulas
. fazer testes
. corrigir testes (recordam o número de alunos?)
. corrigir outros elementos de avaliação
. registar as classificações nas grelhas
. organizar os documentos (são resmas de papel)
E, apesar de tudo isto, não devo faltar ... tenho que ter um ar fresco, ser saudável... e sentir-me feliz?!
A questão que me coloco, logicamente, consiste em descobrir como esticar as 35 horas por semana sem prejudicar a minha saúde, o ano passado tive que meter baixa devido ao cansaço por excesso de trabalho, contudo este ano a senhora ministra não vai ter essa despesa extra (ter que pagar ao professor que veio substituir-me ) nem esse prazer. Hei-de encontrar uma solução, que até pode passar por contratar alguém de confiança que corrija os elementos de avaliação. Pagar-lhe-ei o serviço, haverá menos dinheiro no fim do mês, mas desse mal já nem me queixo porque pertenço ao grupo dos que não passaram a titulares, assim sendo, a senhora ministra que fique com o meu dinheiro, mas que não me tira a saúde nem a vida, não tira!
sábado, 15 de setembro de 2007
No lo consientas
Los han dejado solos (...)
Y a ti, que querías
ser profesor, te han encargado que los tengas guardados para que no molesten en la calle ni en su casa.
texto completo
domingo, 9 de setembro de 2007
Plástica
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Trocas, conversões e convulsões
Os senhores deputados da Nação ... fizeram aprovar uma alteração que lhes concede o direito a que cada um tenha o seu assessor particular, a ganhar 1500 euros/mês, com passagem, de imediato, ao quadro da função pública. Na prática aprovaram a contratação de 230 assessores particulares. Rui Rangel
1500 vencimento mês vezes 230 assesores é igual a 345 000 euros mês vezes 14 meses (férias e natal) igual a 4 830 000 euros ano vezes 200.482 escudos
(parece um números de telefone) são 9 683 208 060,00 escudos despesa/ano
DN EDITORIAL
O Governo decidiu prolongar o congelamento das progressões de carreiras na função pública por mais um ano. Percebe-se: a medida garante a poupança de 400 milhões de euros anuais. Questiona-se: é aceitável voltar a alterar as regras a meio do jogo?
Estes 230 assesores que receberão o mesmo que um professor quase no topo da carreira, em vez de se dedidacarem a um deputado (tipo damas de companhia) deveriam ir para salas de aula com 30 alunos durante hora e meia, e após o café repetiam a dose e depois do almoço também, e quando não houvesse horas lectivas ficariam ali à espera que os malandros ou doentes faltem para ir substituí~los.Função pública é serviço público, mas ainda há muita gente que julga que nas escolas os professores durante o tempo de aulas vão ao café comer a torrada e depois regressam, sentam-se (os moços que se lixem) e telefonam para casa por causa do piriquito que engoliu uma unha.
estes 230 assessores podem repartir entre si cerca de 18 400 alunos, sugiro que um fique com todos para que restantes tenham tempo suficiente para trabalhar (por causa dos pontos...)
Alcem o rabo e vão montar as tendas no deserto!
Ano lectivo 2007/2008
Este é o meu melhor amigo, sempre pronto para defender-me logo que uma ameaça possa atingir a minha integridade fisica ou psicológica
torna-se particularmente agressivo quando ouve a palavra lu-lu
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Boa pergunta!
Uma tarefa difícil para o Jumento, o Instrutor...
copiado do Macroscópio
domingo, 19 de agosto de 2007
sábado, 18 de agosto de 2007
Documento 19
Mando ou não mando?
Já devem ter reparado que hoje estou em dia não... Apetece-me mandar à merda a cambada de filhos da puta que me deixaram comprar uma casa e ter dois filhos, fazendo contas à carreira na qual ingressei há 15 anos e que agora me dizem que me desenmerde, porque isso dos escalões, condições perante as quais assinei contrato com o ME, não servem já para ninguém... a não ser para os parasitas. Basta dar uma voltinha pelas escolas e ver quem conseguiu a titularidade... Acreditem que quando vi a lista da minha escola, salvo raras excepções me mijei a rir para não gritar de nojo... Mas essa do incumprimento de contrato com consequências lesivas para a minha pessoa e a minha família ainda anda aqui na minha cabeça...
E já que não vou ao café a esta hora e considero o Cartel o meu café, daqui vai a opinião desta esquina de café (para além de estar em casa, o que implica que reúno duas das condições mencionadas, considerando ainda que não estou a referir-me ao meu superior hierárquico directo): Vão à merda, parasitas das esquinas governamentais!
texto leiam as entregas também
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Documento 18
mais pontos que chegam a titulares, justamente por serem melhores e terem mais pontos!
Venham-me dizer que este critério é objectivo!
Venham-me dizer que este concurso é justo!
Venham, venham, que eu assobio-lhes com tanta força que lhes rompo os tímpanos.
ler texto completo
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Documento 17
Caro Rui fonseca, se me permite ; acho que as suas sugestões não atacam o cerne da questão. O problema do ensino será combatido verdadeiramente quando se reformular as cargas lectivas. Os nossos alunos têm um excesso de disciplinas (12 a 14 contando com Estudos acompanhados, formação cívica e área de projecto) . Como é que um aluno pode aprender Inglês tendo aulas 1 vez por semana (por exemplo)? Diminuam as disciplinas, acabem com os blocos de 90 minutos, façam uma distribuição inteligente da carga horária, respeitem os professores, responsabilizem os encarregados de educação (multas por faltas injutificadas dos educandos), exames no fim de ciclo e fundamentalmente libertem os docentes da teia da burocracia para se poderem dedicar aos seus alunos e valorizem o mérito. Aí sim o ensino poderia melhorar mas isto não dá votos.
Francisco castro | 08.14.07 - 1:06 pm | #
Documento 16
O Provedor de Justiça e a ministra das injustiças - por Santana Castilho
Obs: A ler e reler, pois por momentos pensamos que revisitar as diatribes da locatária da 5 de Outubro é fazer uma incursão no Processo de Kafka, ou seja, incorrer num absurdo. E um absurdo maior é o PM continuar a manter este agente político no lugar - cujos estragos à nação há muito que são manifestamente superiores ao bem comum que visariam acautelar e promover. Infelizmente Santana Castilho tem razão, razão de Verão neste "Agosto aziago".
sábado, 11 de agosto de 2007
Documento 15
O modo grosso
Tem bons modos, tem um modo fino, é de finos modos, assim se definiam as pessoas de trato cordato e refinado.
Este "grosso modo" aplicado a um concurso público que deve garantir a estrita justiça e igualdade. mais não é que a comprovação da inversão dos valores. Os maus modos, a grosseria, o trato agreste são apanágio desta equipa do ME. Está na moda o modo grosso.
A equidade e o respeito pela razoabilidade, o provedor e a justiça, os direitos, o direito mais elementar, para todos se estão bem marimbando.
Doumento 14
7.8.07
a vaca mentirosa
a ministra Maria de Lurdes Rodrigues lamenta ter sido confrontada "mais uma vez" com uma situação em que tomou conhecimento de uma carta a si dirigida através da comunicação social.
A Provedoria de Justiça garantiu hoje que o parecer sobre o concurso de acesso a professor titular foi enviado sexta-feira para o Ministério da Educação, desconhecendo por que motivo a tutela afirma ter tomado conhecimento do documento pela imprensa. link
minha senhora (permita-me que a trate assim):
é absolutamente indiferente se foram, ou não, seguidas as regras protocolares ( e a acreditar na comunicação social, foram).
o que importa são os factos. e os factos são as recomendações do provedor de justiça sobre as barbaridades que (permita-me que a trate assim, mais uma vez) a senhora cometeu no concurso para professores titulares.
provedor de justiça que, por acaso já a desmentiu...
faça um favor a si própria e ao futuro do rectângulo: demita-se!
o destacado é meu e acrescento o seguinte;
não é um favor, é uma obrigação: demita-se!
sábado, 4 de agosto de 2007
Documento 13
Documento 12
JN 4 de agosto de 2004
Documento 11
A grande maioria dos agora Professores Titulares são aqueles que nunca gostaram de dar aulas e, por isso mesmo, não as deram…tiveram cargos que agora lhes valem dezenas de pontos para subirem ao topo da carreira! Professores…aqueles que tiveram turmas e turmas de alunos, muitas vezes indisciplinados…resmas de níveis…esses, coitados, têm zero porque S/ Exa., a Senhora Ministra, não considera que a prática pedagógica seja importante numa carreira de professor! Os cargos, sim…esses são importantes e contribuem para o progresso deste país! E os cargos dos últimos sete anos porque em relação aos outros anos não têm importância nenhuma! (...)
Luísa M
o destacado é meu
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
No topo fica o 8ª escalão?
Há sete anos atrás alguém avisou os interessados que para este concurso necessitariam de desempenhar cargos para obter os famigerados pontos? A função primordial do docente são as actividades pedagógicas, mas esses que se esmifraram anualmente com turmas a perder de vista, mudanças contantes de programas e métodos de avaliação (que são um verdadeiro atentado à nossa sanidade mental) , esses, que trabalharam no duro não têm pontos suficientes.
Parece uma guerra, o soldado vai à frente e está arriscado a perder a vida, enquanto que as patentes superiores , porque estão nos gabinetes, salvam a pele. Muito bem.
Mas desde já vou avisando que não reconheço autoridade em raposas espertas do sistema para avaliarem o meu desempenho.
E a próxima acção de formação que fizer só pode ser sobre graxa, sebo e outros produtos oleosos, porque nesse campo as minhas competências são uma lástima!
terça-feira, 31 de julho de 2007
Documento nove
Isto é só a ponta do iceberg...
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segunda-feira, 30 de julho de 2007
Compilaçõezinhas Papalvas II
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Compilaçõezinhas Papalvas I
os sublinhados são meus
aos interessados posso indicar a fonte desta passagem
quinta-feira, 26 de julho de 2007
sampaku
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Tapa-furos
Também fiz substituições, muitas, porque quem é refinado sabe quem falta muito e quem merece apanhar por tabela, logo no meu horário as horas de substituição ficaram onde, à partida, se sabia que eu avançaria, aliás avancei sempre porque era a única professora substituta naquela hora. A turma aceitou-me, não houve confrontos; também é verdade que os deixei à vontade: jogaram xadrez, se bem que não estivessem no clube de xadrez, discutimos questões estéticas apesar de não estarmos no café; viram filmes sem precisar de ir para a biblioteca, namoraram, como se estivessem no recreio, enfim diversificaram -se as actividades de interacção social. E os alunos nem pediam para sair da aula, digo, da sala, mais cedo. Eu, bem, eu estava desejando de sair dali, daquela mascarada que parece que é escola. Depois sentia-me triste, muito triste, porque eu não nasci para este calvário.
Nessa altura, a stora de Desenho ir substituir o careca de Francês era uma coisa impensável! Nem a stora de Desenho estaria disposta a isso!
Com o tempo, as coisas foram mudando. Os Professores começaram a fazer trabalho de secretaria, cada vez mais, cada vez mais, cada vez mais... E o Pessoal Auxiliar foi diminuindo cada vez mais, cada vez mais, cada vez mais...
Não me espanta, portanto, esta história das aulas de substituição! Não há Pessoal Auxiliar para tomar conta dos putos, portanto os ditos putos não podem ir para o recreio. Se não podem ir para o recreio, têm de ficar na sala de aula. Mas, se ficam na sala de aula, quem toma conta deles? Os camelos dos Profs, sem dúvida! É tudo uma questão de economia!
Eu varro o meu pátio e lavo o chão da minha cozinha, não me caem os parentes na lama por isto! Contudo, antevejo o dia em que serei despedido por me ter recusado a lavar o chão da sala onde dei aula ou a varrer a entrada do pavilhão...
Antevejo, também, muitas outras situações surrealistas. Estou sentado, na sala de Professores, dormitando um bocadinho (tenho oitenta anos de idade e, ainda, me faltam dez para a reforma), entra o delegado de turma do 10ºC, abana-me e grita-me ao ouvido «Stor Fóssil! Faltou o Carlitos, o nº 7. O stor tem de substitui-lo, senão a aula de Matemática não pode começar... são precisos quarenta alunos!». Ou então, mais agradável, ser chamado ao Conselho Executivo, porta fechada, alto secretismo, uma trintona de mini-saia, e a Presidente «Caro Fóssil, esta senhora é a mãe da Mariana do 10ºC. O marido dela é um pai ausente... quer substituí-lo?». «Na cama?!».
A ausência dos pais não justifica a estupidificação dos Professores! A Escola não é a Casa Pia! Os Professores não são amas-secas, nem psicólogos, nem polícias dos alunos. Os Professores são Professores! Sem Professores, não há Ensino!
Enquanto aluno, nunca tive aulas de substituição e não foi por isso que não completei os meus estudos, uma licenciatura (de cinco anos!), inclusive. Claro que fracturei um braço e tenho duas ou três cicatrizes (de queda, ou pedrada) no corpo, mas esse foi o meu papel... ser puto!
Claro que fumei as minhas ganzas, e mantenho o vício do tabaco. Só falta que alguém me diga que foi por não haver aulas de substituição...
Organizem-se! Dêem aos pais a possibilidade de serem pais! Dêem aos Professores a possibilidade de ensinar, sem constrangimentos! Dêem aos desempregados um emprego, contratando funcionários para as escolas! Gastem dinheiro com a Educação!
A Educação não é um negócio! É um investimento nacional!»
Documento 8
Titulares (ou lá o que é isso)
Fonte: Exorcísmico
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Documento 7
São conhecidas as inenarráveis trapalhadas produzidas pelo Ministério da Educação de Maria de Lurdes Rodrigues. É penoso acompanhar toda a tragédia que se abateu sobre a educação e o ensino. Nem mesmo a turba dos fiéis seguidores da sra. Ministra (em troca de quê, resta saber) a consegue silenciar. Quando se fizer a história da educação neste período, conseguiremos ver melhor as razões porque as corporações com assento nalgumas ESE e, principalmente, no ISCTE, derrubaram abundantes lágrimas de prazer pelas espantosas medidas tomadas e as práticas exercidas. É que, para além do abraço partidário (de que muitos se afastam por vergonha pedagógica e democrática), ainda assim compreensível num país atrasado e subserviente, resta pouco para explicar a não ser a cumplicidade carreirista (ou outra) que lhe pode estar ligada.
(...)
Regressemos à educação e ao seu ministério. Será fastidioso enumerar os erros, o desvario e a insensibilidade das medidas tomadas por este ministério. Desde a controversa revisão do ECD, que desorganizou - como nunca se tinha visto - o poder científico e pedagógico dos docentes; passando pela ruinosa gestão curricular (encetada pelo suspiroso e vaidoso David Justino); continuando pela inconstância das medidas a tomar face à autonomia das escolas e à sua gestão (sinal disso é a inaudita tentativa de passagem do corpo não docente para a autoridade das câmaras, ficando os docentes debaixo da supervisão do órgão de gestão ou da tutela. Não deixa de ser curioso o assumir a existência de dois poderes dirigentes paralelos na escola, o que revela que o ministério não compreende a especificidade do território e da cultura escolar); até a impressionante trapalhada dos exames, com a culpa a morrer solteira (logo neste ministério tão célere em punições aos putativos "prevaricadores", como no caso Charrua) e com a maior falta de respeito pelos alunos e encarregados de educação.
Tudo isso questiona a linha orientadora, o rigor e os métodos de trabalho do ministério. Até quando tais estratégias de implosão das escolas e do sistema educativo irão permanecer, será pura adivinhação. As corporações têm o seu ciclo de vida próprio, enquanto a estratégia político-partidária obedece ao movimento das sondagens de opinião e às diversas clientelas. Saber e conhecer as relações de poder que neste momento se perfilham nesta atmosfera conflituosa, é um exercício intelectual atractivo mas, convenhamos, não muito estimulante. Até lá, a sobrevivência da instituição escola não é de grande tranquilidade.
Uma última nota. Entre as numerosas "dissidências" face ao discurso governamental observado, que tem deixado sequelas várias no campo dos especialistas em educação registemos pela sua importância esta. O dr. José Manuel Silva é de grande seriedade e competência no debate sobre o sistema educativo e, por isso mesmo, será conveniente seguir o que nos vai dizendo.
Etiquetas: Educação
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Desconcerto docente
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que, em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando;
Num' hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar um' hora.
Se me pergunta alguém porque assi ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
Luís de Camões
Documento 5
2006/2007: o ano da chibata
Santana Castilho
(...)
2- O recente concurso de "professor titular", a que foram opositores os docentes dos anteriores 8.°, 9.° e 10.° escalões, é bem o paradigma da trapalhada, da injustiça e do improviso em que se afunda a 5 de Outubro: duma vida inteira de profissão, iluminados decidiram que só uns anos contam; dos cargos, os mesmos deram preferência aos administrativos; durante a semana em que o concurso decorreu, pôde o país verificar, atónito, que consoante os dias assim a posse do grau de mestre somava ou retirava pontos ao número necessário, como o exercício de cargos políticos equivalia ou deixava de equivaler a serviço docente; concorrentes ao concurso integraram órgãos de verificação e validação de dados, ou seja, foram juízes em causa própria, com um quadro referencial de confusão e bagunça, o que faz prever uma bela caldeirada conflitual final. Imaginar-se-ia pior?
(...)
No ano que ora finda, nada do que pode mudar o desastre foi realizado. A trapalhada do edifício curricular permaneceu incólume, assim como a incoerência dos programas de estudo.
Aumentou o facilitismo e a idiotização do ensino. Subalternizou-se ainda mais a Literatura no ensino do Português. Empurrou-se para debaixo da mesa a trapalhada da TLEBS. Liquidou-se a Filosofia.
Manteve-se uma dispersão assassina e ignorante de solicitações aos alunos (12 disciplinas no 3.° ciclo do básico e mais tempo de permanência na escola que os operários nas fábricas, não é de loucos?).
Professores, vítimas de cancros em fase terminal, foram indignamente chibatados para morrerem no posto, em nome duma lógica economicista que rejeita aquisições civilizacionais básicas. Mal haja, senhora ministra. Professor do ensino superior
terça-feira, 17 de julho de 2007
Eles andem aí!
link que encontrei no KAOS IN THE GARDEN
ler mais
domingo, 8 de julho de 2007
Monólogo da Vaqueira II
Senhora ministra, qual conselho científico, eu já tenho o trabalhinho todo feito, a gralha (grelha) está feita, é só aprovar e, quanto à aplicação, nada mais fácil do que o preconceitozinho, o preconceitozinho...
As competências da bufaria
Monólogo da Vaqueira 1
Sou Titular;
;
;
É agora, definitivamente, que tenho autoridade para tratar os professores como gado. Viva a ministra!
Documento 4
Afinal Há Coisas Para Dizer Bem
Posted by Paulo Guinote under Titulares? , Lutas , ConcursosGrupo de professores reclama anulação de concurso
Cento e quinze docentes da Escola Secundária Eça de Queirós escreveram à ministra da Educação e ao Presidente da República. Em causa, critérios de avaliação de desempenho no concurso de acesso a professor titular.
(…)
Foi numa reunião que a ideia da carta surgiu. “Decidimos que não devíamos receber de braços abertos o decreto” que regulamenta o concurso de acesso a professor titular. A exposição acabou por ser assinada por 115 dos 162 professores da Eça de Queirós. O documento, que ainda não obteve resposta da ministra da Educação, foi enviado em meados deste mês. “Será que o insucesso escolar passa pelo mau desempenho das escolas? Não passa por aí”, conclui Maria Eduarda Luz.“Em muitas escolas, os professores fazem milagres.” É desta forma que termina a carta que coloca várias interrogações. “Será que o mérito só conta a partir de 1999?”. “Será que a função principal do professor não é ensinar/educar? E o futuro?”. “A distinção, estranha, entre professor e professor titular vai desmotivar os professores e trazer graves problemas à organização e consequente funcionamento das escolas”, acrescenta-se. Os docentes vincam a sua posição: “Acreditamos que a melhoria do ensino só é possível dignificando a carreira docente, mobilizando os professores, os alunos, os pais e restante comunidade educativa.” (Educare)
Documento 3
Quarta-feira, Junho 20
O «Professor Titular» visto pel'A BOLA
Os titulares serão, então, convocados à luz de uma escolha surpreendente. Mais importante do que saber dar aulas e ter sucesso na relação educativa com os alunos, interessará saber como pisar a alcatifa dos gabinetes, ter prática de carreira burocrática fora da sala de aulas e, acima de tudo, não ter tido lesões que obriguem a paragens mais ou menos longas no Campeonato, mesmo que por culpa de qualquer sarrafada alheia.
A táctica é, pois, não ter vida para além do dever. O destino é entregar a titularidade professoral aos mais dignos ratos de sacristia. Por isso, não bastará saber marcar golos. E, tal como em alguns clubes de futebol manhosos, é preciso não esquecer de elogiar o presidente e ser de uma fidelidade canina ao treinador."
Do jornal A BOLA (pag.9 - Vítor Serpa, Director do jornal)
via João Tilly
Etiquetas: Ensino
Gotinha - 16:11
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Documento 2 - Professor vs Professor Titular
Sou professoura desde sempre e sempre com muito trabalho e trabalho de cólidade. Mas,cenpre quiz ter um cárgo. Nunca concegui porque avia demaziada democrassia na iscola e nunca ninguen votava em mim e por iço estava desmotivada porque axo que dou uma bôa chefa.Agora vou consseguir porque sou a mais espriente do meu departamento (eu TENHO um departamento).
Vou ser tâmbem dêtê e curdenadora de todas as coisas que averem. Não vou demurar muito achegar a presidenta do concelho esecutivo porque não vai aver na iscola ninguém tão isperiente do que eu e por iço ninguem mais se vai puder candidatar. Agora vou mandar em vóssês todos! Vou avaliálos e vou sér muito esijente como quer a Nossa Senhora Ministra - em quem eu creiu como salvadora da patria- para que ninguém xegue onde eu vou conseguir xegar.
Agóra é que vão ver o qué bom para a toce!Quem ri por ultimo ri mais bem!áááááááááaáaáááa´...
A Professora Titular
documento 1
Os titulares da competência
No início fiquei espantado com a valorização dada a critérios de desempenho de cargos e assiduidade, em detrimento de actividades que revelam verdadeira competência técnico-científica. O que demosntrou logo a forma de ver a realidade educativa e o modelo de gestão subjacente a este ME.
Pessoas com cargos de gestão por 4 anos pontuam mais que pessoas com um doutoramento. Assessores de executivos (coisa fina) têm pontos de sobra, mas quem, por exemplo, escreveu um artigo científico, ou um livro, ou participou em projectos de investigação ou inovação... leva ZERO.
Pessoas que não faltam: 9 pontos; pessoas que dão aulas ZERO pontos.
Basta não dar aulas e não faltar para ser o maior. E assim por diante.
Que sinal dá este ME aos docentes que encetam agora a sua carreira? - Não vale a pena estudar, aperfeiçoar, investigar, reflectir, organizar eventos...etc.. mas antes ter uma cargo qualquer. Nada melhor para formar uma administração escolar acéfala em meia dúzia de anos.
Esperava um pouco mais de equilíbrio entre critérios de administração e gestão e critérios científicos e de competência técnica para classificar as pessoas. Afinal serão os titulares que vão avaliar, gerir e classificar os docentes; deveriam ser menos tecnocratas e mais académicos.
Agora vão fazendo uns remendos no regulamento do concurso, mas o que fica é a intenção inicial, expressa em critérios de gestão verdadeiramente tecnocrata e liberal das escolas. Isto para já não falar no frete medonho que a pontuação representa aos Orgãos de Gestão, por agradecimento ao seguidismo demonstrado nestes dois anos. Este prémio aos gestores representa que muitas pessoas completamente desqualificadas, acabaram de ser promovidas ao supra-sumo da Educação, porque fazem e não questionam.
Mas afinal porque serei eu ingénuo ao ponto de pensar que a competência em Educação se mede pela preparação científica e pela prática pedagógica e não pelo desempenho de cargos? Sou mesmo parvo.
# posted by Sizandro @ 13:57 2 comments
Assim, sim! Por entre nomeações mais que justas, foi vê-los a passar, carroceiros e analfabetos funcionais, tudo promovido a titular! Mérito é para os senhores do ministério uma palavra vã!
Compreendo muito bem a Luísa, pois também a minha indignação é grande!
Pergunto-me se vale a pena investir no nosso desenvolvimento profissional, respeitar os alunos e assumir a profissão a peito. Melhor seria ocupar cargos de merda e esquivar-me a dar aulas!
Inveja? Não meus caros, é somente uma questão de justiça.
Medíocres a promover medíocres!